segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Injustiça NÃO... Cidadania SIM


Justiça para quem precisa

"Enquanto orçamentos de muitos estados, como São Paulo, desprezarem as Defensorias Públicas, a estrutura judiciária reservará aos ricos as benesses da lei e, aos pobres, seu rigor"

Em julho do ano passado, o banqueiro Daniel Dantas, acusado de tentar subornar um delegado durante as investigações da Operação Satiagraha da Polícia Federal, conseguiu sair da prisão preventiva pedida duas vezes pelo juiz Fausto de Sanctis. Os bem pagos advogados de Dantas tiveram acatados pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, em plenas férias, dois pedidos de habeas-corpus. O banqueiro exerceu, assim, seu direito de defender-se da acusação em liberdade. Trata-se de uma ilustre exceção. O Brasil tem milhões de pessoas que, se um dia precisarem acionar a Justiça, não poderão pagar advogados que abram caminhos. Para esses brasileiros, a Constituição determina a democratização do acesso à Justiça por intermédio das Defensorias Públicas.

Adriano Silva (Foto ), por exemplo, ao contrário do banqueiro, teve o pedido de sua prisão atendido, em agosto do ano passado. Perambulou por quatro penitenciárias diferentes em São Paulo por meses e só foi libertado, graças ao defensor público Geraldo Sanches.

Obs.: Vivemos em um país de hipócritas, em questões sócias e raciais. A todo momento nos mostra a mídia situações esdrujulas, midia que exercendo seu papel de controle social, encontrou uma solução mais adequada ao sistema penal, solução excludente e discriminatória do ser. Sim! Pois "ser" pobre e negro ou descendente em nosso país é sinônimo de criminoso e analfabeto. É de conhecimento de todos, que a sociedade elitista, empurra para os "guetos", e mantém em rédeas curtas, toda uma sociedade desprivilegiada, que sofre com falta de informação e educação, o que os mantém como gado em pasto, marcados e cercados, ao bel prazer de seus "senhores".

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